sábado, 12 de março de 2011

Artigo Filosofico

Nossa Memória como base para o pensamento e reflexão de nossa existência.
*Adler Peggy Lima Aleixo



O que quero aqui é mostrar que nossa memória de infância está ligada diretamente com o pensar. Questão de devir infância que são as rupturas que se destacam no processo da vida com fundamentações do pensamento e da existência, será que somente depois que duvidamos passamos a existir como individuo e como ser pensante? Por mais que muitos tenham suas lembranças sofridas, é importante desenvolver um pensamento baseado em uma etnia ou crença, pois, somente desse modo que vão se relacionar com a sociedade. Não quero defender uma ou criticar, quero mostrar a importância de ser ter um devir para o pensamento reflexivo. Observe uma criança com três anos, em tudo quer saber o porquê disso o que é aquilo? Para que serve isso? Quando mais velhas, começam a repedir as historias que lhe são contadas e com o tempo começam a pensar em detalhes inventados por elas, para dar mais ênfase no que estão contando. E a medida que cresce tende de lembrar da história ou da resposta de criança, porém contadas diferentes pode a te ser uma pequena palavra mas é do seu jeito que o enredo ganha sentido. Será que isso nos faz pensar de forma involuntária? Ou pensar de forma diferente por não se lembrar da verdadeira historia?
O processo que temos da memorização certamente está ligado a forma como pensamos e conhecemos o mundo e isso ocorre na nossa infância. Para Walter Omar “a infância não é apenas uma questão cronológica é uma condição da experiência ” Deste criança fazemos os porquês da vida e recebemos respostas que nem sempre são verdadeiras e outras que não fazem o menor sentido, ao crescermos retornamos as mesmas pergunta e encontramos outras respostas que muitas das vezes são sempre baseadas em respostas cientificas René Decartes em seu livro o discurso do método afirma “ Se pergunto , existo e se existo logo penso.” Então como tratar ou comparar o que aprendemos quando crianças com que descobrimos ao crescer e quando mais questionamos mais descobrimos que tão pouco sabemos. Então deste que somos pequenos já raciocinamos, ou seja, pensamos, logo existimos. Quando nos tornamos adultos acostumamos a seguir nossas crenças instituída muita das vezes pelos pais, assim o que aprendemos no passado fica armazenado em nossa memória e quando por algum acontecimento vêm em nossas mentes trechos da nossa historia. Então porque pensamos? Porque fazemos parte de um universo e dentro dele há um mundo a ser descoberto e é através de nossas reflexões que muitos chegam a uma concepção de existência, Albert Einstein acreditava na física clássica e sempre chegava a uma conclusão baseada em um raciocínio lógico de sequências matemáticas morreu tentando provar a “teoria do tudo” onde tudo se explica com respostas matemáticas e da física clássica. Para René não foi diferente baseado na lógica racional, relacionou seus pensamentos onde a matemática começava pela afirmação simples que chegavam as mais complexas desse modo a nossa memória pode ser a base para reflexões maiores.
“(...) começa duvidando de tudo era o primeiro passo necessário, por sua intensão era eliminar todos os pressuposto do passado que agora confundiam o conhecimento humano e isolada apenas verdades que ele mesmo pudesse claramente sentir como indubitáveis.”( TARMAS, 2000, P 299)

O que haveríamos de fazer é deixar de lado nossas lembranças de infância dogmáticas e se apegar aos novos paradigmas, para um desenvolvimento cientifico avançado. Não temos como se apegar nas lembranças da infância se não, como vamos compreender as questões do novo pensamento, é como se um menino crescesse achando que era menina deste de pequeno sua mãe lhe colocava vestidos, enfeitava como se fosse menina a medida que ia crescendo se perguntava porque era dão diferente das outras, chega uma fase que deve deixar de lado sua forma ao qual foi criada, para se conhecer em encontrar seu lugar dentro da sociedade, assim como muitos adolescentes que deixam suas ideologias familiares para descobrir a suas próprias, mas partindo do princípio da quilo que fez parte da sua história no caso a lembrança e chegando a uma nova história traçada por si próprio. O que aprendemos é muitas das vezes conhecimento do sensu comum, nossos pais nos dão a mesma educação que lhes foram passados, assim como os índios e pessoas que moram no interior, que acreditam em coisas que são impostas sem ao menos questionarem o porquê, quando um ensinamento é questionado fica a duvida e passamos a correr em buscar da verdade, é complicado explicar o que de fato é real ou inventado, não podemos simplesmente matar ou tirar das pessoas aquilo que passaram a vida toda acreditando, muitas pessoas preferem correr atrás buscando suas novas respostas, ou simplesmente se conformam com sua lembranças e suas crenças, a forma com que pensamos está enraizada na quilo que aprendemos, nossa memória é o refugio do saber, buscamos respostas, para nossos questionamentos, voltamos ao passado e lembramos de algo que impulsiona a da o primeiro passo a nova descoberta, partindo dai para a nova caminhada, logo descobrimos algo novo. Uma nova lembrança que ira levantar uma nova indagação futura e me fazendo pensar sobre novas perspectivas.
Não quero aqui julgar etnias e sim, argumentar que somos agentes de um pensamento, porque temos uma fonte de sabedoria que anda sempre conosco, a nossa memória, porque toda criança quer saber os porquês da vida, mas amadurecem e muito do que foi lembrado distorce ao longo dos anos.
Será que tudo isso não faz nenhum sentido? A criança pergunta por que não conhece as coisas “( ...) está pensando como um ser em desenvolvimento numa relação de continuidade ente o passado presente e no futuro.” como afirma o Walter Omar.
Então ele se envolve junto com a sociedade, se pensa é porque faz parte desse meio, assim aprende a se desenvolver em um processo evolutivo junto com seu espaço geográfico ganhando lugar na sociedade e passando a ser ouvida à medida que compreendem o funcionamento do meio social, e a memória são pensamentos já pensados, porém, guardados que a qualquer momento podem ser relembrados.
Podem até ser, que esse processo evolutivo da infância da memória pode estar relacionado com o amadurecimento do conhecimento, mas a verdade é que ambos são produzidos constantemente, basta apenas um ato reflexivo para que estas duas ações se manifestem voluntariamente, porque esse é o processo natural para o desenvolvimento intelectual.
O que se pode afirmar é que os nossos pensamentos estão ligados diretamente com a nossa memória, só alcançamos o ato reflexivo graças a esse processo. Um exemplo disso é o uso da matemática, ao passar dos cálculos simples progredimos para os cálculos mais complexos, pensamos criança, concretizamos no agora e reavaliamos para o futuro, e logo concluímos se fazemos parte ou não desse mundo.





Referencias Bibliográficas

KOHAN,Walter Omar (org.) lugares da infância: filosofia. DP&A,2004.

COLEÇÃO PENSADORES. Descartes. São Paulo, Nova Cultura.2000.

TARNAS, Richard. A Epopéia do Pensamento Ocidental. 3.ed.Rio de Janeiro BCD.2000 P 298-299.

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